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Théo et Hugo Dans le Même Bateau (Paris 05:59)


Em seu primeiro filme, Jeanne et le garçon formidable (1998), Ducastel e Martineau referenciaram Jacques Demy através de um casal apaixonado, que convivia com o HIV. Desta vez, os diretores fazem referencia a Cléo das 5 às 7 (1962) de Agnès Varda para contar o encontro de dois parisienses de vinte e poucos anos, Théo e Hugo - um HIV positivo e outro não. A inspiração permanece a mesma, mas mais radical. Testemunhamos nos primeiros vinte minutos uma longa cena de orgia em um clube de sexo gay onde os dois rapazes passam do amor físico ao amor à primeira vista, e não o inverso.


Tal como os seus atores, Geoffrey Couët e François Nambot, os diretores se jogam à água. Eles filmam de forma nua e crua um relacionamento íntimo que, depois do clube, está ligado a um passeio sem rumo pelas ruas no meio da noite. Iremos até mesmo ao departamento de emergência de um hospital, onde uma médica ajuda e orienta os novos amantes, que cometeram o erro de não se proteger. 


Há um espírito quase militante neste olhar franco e generoso que incorpora ficção e informações práticas sobre prevenção. Enquanto adere à realidade, o filme é uma encenação excelente de exercício, e esta é sua maior conquista. Através de Paris, ele voa com os personagens, com os quais pegamos o primeiro metrô. A leveza e graça do espírito da Nouvelle Vague renasce para brincar com a cidade, com o amor e com o tempo. Um hino à juventude de dois rapazes de hoje e daqueles, eternos, do cinema.

Fonte: Télérama

Confira o trailer do longa:

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