Caminhos que se cruzam.
Durante nossa vida cruzamos com inúmeras pessoas sem nos darmos conta que elas realmente estão ali, que possuem uma história, que, de alguma forma, nossas ações podem afetá-las. Utilizando de uma narrativa não linear e fragmentada, o longa de Jean-Jacques Jauffret consegue mostrar bem essa "conexão vazia" entre as pessoas.
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| Ulysse Grosjean como Luigi. |
No longa, durante um ensolarada tarde no sul da França, quatro tramas se misturam: as de Stéphane e Luigi, dois primos recém-saídos da adolescência; Georges, um trabalhador aposentado; Amélie, a namorada de Luigi; e Anne, a mãe de Amélie. Cada qual com seu problema, tentando fugir ou escondendo seus medos das pessoas ao redor. Aqui, a estrutura narrativa funciona perfeitamente, criando um clima que converge lentamente para algo que sabemos que não deve acabar nada bem.
É interessante como apesar da maioria dos personagens possuírem "um ombro amigo", preferem se fechar em sua dor, seja por vergonha, medo, ou qualquer outro motivo. Também chama a atenção a perfeita convergência para o final, em que pequenos atos banais acabam desencadeando algo irreversível. Vale a pena conferir!
Note: 8.0
Confira o trailer:
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