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Métamorphoses


Homens, mulheres e deuses.

Apesar de gostar do trabalho do Christophe Honoré relutei em assistir esse longa, lançado em setembro de 2014. A trama, adaptação do texto clássico do poeta latino Ovídio,  que segue uma garota que decide matar aula e se depara com representações de deuses gregos me pareceu, no mínimo, bizarra. Após assistir o longa, não posso dizer que estava errado.

Juno e Júpiter na visão de Honoré
O longa é uma viagem extremamente bizarra, mas no bom sentido da palavra. Existe sim uma estranheza na retratação de tramas dos deuses que já conhecemos ao nosso cotidiano, mas todas acabam sendo interessantíssimas. Durante o longa somos apresentados às tramas de amor e luxúria de Júpiter, Baco, Orfeu, entre outros, e, assim com a protagonista, passeamos pelas diversas emoções proporcionadas por elas.

Fica claro, desde o começo do filme, que o longa tem no visual seu grande atrativo, diria até que o roteiro foi deixado de lado para privilegiar esse fator. Nesse cenário, Honoré faz a festa com belos momentos visuais e abusando da sexualidade tão marcante em seus filmes. E se, ao fim, a falta de um roteiro mais consistente acaba tirando um pouco do impacto do produto final, pelo menos tivemos a chance de participar de uma viagem extremamente interessante e que renderá boas discursões.

Nota: 8,0

Diretor: Christophe Honoré
Elenco: Amira Akili, Sébastien Hirel, Mélodie Richard, Damien Chapelle
Duração: 102 min

Confira o trailer do longa:

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