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Le Règne de la Beauté


Sete anos após seu último filme, Denys Arcand retorna em drama apático.

Com uma estrutura simples e sem rodeios, o novo longa de Arcand peca por não despertar nenhuma reação no espectador. Luc é um arquiteto que em uma viagem de trabalho começa a ter um caso com uma empregada da firma, Lindsay. Se, em um primeiro momento, a moça soa atrevida e gera esperanças de ser o agente catalisador da trama, logo esta sensação passa e revela uma personagem apática que não tem muito a dizer. O mesmo vale para Luc, que em momento algum consegue despertar qualquer tipo de afeto por parte do espectador e transita em uma trama que não decide se quer ser um drama conjugal, um softcore ou assumir que não tem nada a dizer.

Éric Bruneau e Melanie Merkosky em cena de Le règne da la Beauté
Um dos poucos acertos do filme reside na personagem interpretada por Mélanie Thierry, Stéphanie, esposa de Luc. A moça parece estar sempre à beira de um ataque de pânico, realçado pela ausência constante do seu marido e por dúvidas sentimentais levantas por uma amiga. É em seus conflitos que o filme consegue envolver o espectador, mas isso é algo que Arcand parece não ter captado a tempo. Por sinal, conflito parece ser uma palavra que o diretor não queria ouvir durante a gravação do longa, já que todos aqui caminham para um anticlímax gritante, onde a frieza predomina no lugar da emoção. Pensando bem, é exatamente isso que falta no longa, emoção.

Nota: 5,0

Diretor: Denys Arcand
Elenco: Éric Bruneau, Mélanie Thierry, Melanie Merkosky
Tempo: 102 min

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