Um lugar sombrio na cidade luz.
Em 1780, o cimetière des Saints-Innocents, o mais importante cemitério da cidade de Paris, foi fechado a pedido da população, já que a lotação do cemitério era tal que a população vizinha estava adoecendo devido à contaminação provocada pelo excesso de matéria orgânica em decomposição. Nesse cenário, em 1785, o Conselho de Estado francês decidiu pela necessidade de reformular o sistema de cemitérios de Paris e pela imediata tomada de providências. Novos cemitérios foram construídos na periferia da cidade, mas restava a preocupação do que fazer com os cemitérios superlotados já existentes.
Foi aí que surgiu a ideia de usar os túneis abandonados das pedreiras parisienses. A escolha do local apropriado e execução da tarefa ficou a cargo do Service des carrières, um órgão governamental criado em 4 de abril de 1777 para zelar pela segurança e consolidação do subsolo parisiense, tão cheio de túneis e cavernas com constantes riscos de desabamentos. Sob orientação de Charles Axel Guillaumont, Inspetor Geral dos túneis de Paris, as primeiras ossadas transferidas saíram do cemitério Saint-Nicolas-des-Champs após as catacumbas terem sido abençoadas, em 4 de abril de 1786.
Les Catacombes de Paris |
A partir do início do século XIX, as Catacumbas ficaram acessíveis ao público e despertaram uma onda de curiosidade que atraia um grande e, por vezes, prestigiado público, tais como François I, Imperador da Áustria, que a visitou em 1814 ou Napoleão III, que a visitou em 1860, com seu filho, o Príncipe Imperial.
Atualmente, as catacumbas de Paris são um grande ponto turístico da cidade, recebendo diversos visitantes por dia, com ingressos custando em torno de 15 euros. No entanto, só uma pequena parte das catacumbas é aberta ao público devido ao difícil acesso de algumas áreas e ao risco de desmoronamentos. Essas áreas e os que se arriscam por elas serão o assunto da segunda parte desse especial. À bientôt!
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